Victor convida todos para ganhar o Funchal



Partidos e cidadãos são chamados a integrar coligação proposta pelo PS


A mais de dez meses de distância das eleições autárquicas, o PS-M traçou um plano eleitoral para a capital madeirense que passa pela conquista da Câmara em Outubro de 2013. A ideia que vem sendo trabalhada por Victor Freitas assenta em três pilares essenciais: reunir uma grande coligação com os partidos da oposição, chamar independentes e ganhar a Câmara.
O presidente do PS-Madeira assume agora já publicamente que acredita nessa possibilidade. Victor Freitas disse ontem, ao DIÁRIO, que os objectivos eleitorais estão identificados, particularmente no concelho do Funchal. E esses passam por uma ampla convergência. "Queremos convidar todos os partidos e independentes a estabelecer os acordos necessários para, em coligação, devolver o Funchal aos funchalenses".
O líder do PS-Madeira diz que esta proposta não surge de ânimo leve. Admite mesmo que vai ser preciso "exigir compromissos em torno de soluções que se revelem ganhadoras" e de mudança para a capital madeirense. A esses compromissos, Victor acrescenta a necessidade de apresentar uma coligação com objectivo claramente ganhador mas com propostas "assentes sempre em protagonistas de qualidade irrefutável e num projecto de mudança". Ainda sem falar claramente a que compromissos se refere e muito menos de nomes de eventuais protagonistas, o presidente dos socialistas diz que esta decisão de avançar com a proposta de uma ampla coligação "reflecte a maturidade do PS-M e o seu sentido pragmático de encontrar soluções" para os cidadãos. "Para a capital da Região Autónoma da Madeira, quero uma proposta ganhadora que possa gerar um consenso alargado na sociedade" e que seja o resultado de ideias e projectos de partidos e independentes que querem mudar "o mau rumo" da cidade.
A ideia de uma proposta ganhadora é um principais requisitos do projecto apresentado por Victor Freitas, que assume a necessidade em relação propostas do PS que defendem uma ruptura com as opções políticas do PSD. No entanto, esse corte radical é apenas com o PSD e não com os cidadãos, mesmo aqueles que votaram PSD. Victor explica que é preciso não confundir as "as falências" de opções políticas  com os cidadãos que permitiram maiorias confortáveis ao PSD. Para isso, o PS conta fazer chegar ao eleitorado "uma nova geração de soluções políticas para as autarquias que serão apresentadas muito brevemente". Para já, o PS deixa apenas uma indicação clara: quer uma coligação com todos os partidos e independentes que estejam disponíveis para ganhar a Câmara do Funchal ao PSD já no próximo ano. E esse caminho, admite Victor Freitas, obriga a um diálogo aberto com todas as forças políticas mas também com todos os cidadãos que se sintam motivados para um projecto de "mudança do Funchal".
Trabalho de casa já começou a ser feito
Os preparativos para o projecto das eleições autárquicas de 2013 têm tomado grande parte da agenda socialista nos últimos tempos. Victor Freitas recorda o Fórum Autárquico realizado no mês passado e a Comissão Política que se seguiu. Foram aí apresentadas ideias gerais para o que o líder socialista considera "uma das mais importantes jornadas eleitorais dos últimos 10 anos". E acrescenta que tem defendido que o partido que lidera deve assumir, no âmbito das autárquicas de 2013, "um papel determinante em virtude da história e experiência autárquica".
Além do trabalho de orientação política que tem vindo a ser feito, a direcção do PS promete apresentar, brevemente, um conjunto de novas políticas de intervenção autárquica sempre na lógica da maior abrangência possível e no acolhimento de outras ideias e contributos que possam surgir. De uma coisa Victor diz ter a certeza:  no caso do Funchal, "a observação da evolução  da sociedade indica que há uma clara vontade de mudança".
Coligação sem  excluir ninguém
A inclusão é palavra de ordem na orientação que o PS vem definindo para as autárquicas de 2013. Victor Freitas assume essa indicação clara e reiteradamente. Fala em "convidar todos os partidos e independentes", fazer acordos, motivar o envolvimento de todos ,  obter consensos. Em suma, um acordo para a Câmara do Funchal "que não exclua ninguém e agregue consigo a esperança de um Funchal diferente, para melhorar, que aposte na solidariedade social" e apresente um projecto de desenvolvimento económico  que chegue a todos. "Vou criar todas as condições para que o PS-M comece e de imediato a trabalhar num projecto que cumpra estes requisitos", afirma ainda o líder dos socialistas madeirenses . E insiste na ideia de que a 'união faz a força' ao lembrar que a proposta não deixa ninguém de fora. "Todos os eleitores fazem parte desta solução e só com todos podemos realmente promover uma mudança. O projecto que queremos desenhar não deixa ninguém de fora e pretende puxar todos para dentro".



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