Acostumados ao biberão da abundância na casa do papá nunca lhes faltou nada à mesa, nem as calças e sapatilhas da moda, nem as férias chiques. Estes meninos chegaram ao Governo Regional da nossa terra e também às Câmaras Municipais já de fato armani vestido e, no carro preto, que de tenra idade habituados estavam, recebendo o poder por herança e trazendo, na bagagem, o novo léxico das chamadas engenharias financeiras. Secretários e Diretores Regionais, Presidentes de Câmara, Conselheiros Técnicos, Assessores, já vieram encartados nas lógicas das marinas, das piscinas, das parcerias público-privadas, e tudo o mais... Para esta gente, o dinheiro nunca foi um problema. Em casa, o papá pagava as contas, no Governo Regional/Câmaras Municipais, paga o povo. E foi assim e é assim que vivem. Nunca tiveram que gerir um magro ordenado, nunca tiraram o curso de gestão financeira doméstica, porque tudo sempre foi fácil, sempre tudo tiveram dado e arregaçado. Estes rapazes (e raparigas) do biberão...