O centralismo intelectual
O centralismo político de mais de oito séculos de história de Portugal criou um centralismo económico, cultural e intelectual. A tese de que todas as boas ideias, a criatividade, o empreendedorismo, a inovação, as novas correntes de pensamento etc.., nascem num espaço geográfico junto ao rio Tejo, na capital denominada Lisboa, mais concretamente no terreiro do paço, é uma visão enviesada da realidade. Não obstante, esta tese ser defendida por alguns que lá vivem, outros há, que vivendo fora desse espaço geográfico, também assumem tal premissa como se fosse uma realidade incontornável da vida portuguesa. Há na nossa vida política quem se sinta ofendido que alguém, por não habitar tal espaço geográfico, se atreva a apresentar propostas para a vida do país, como se estas ideias, vindas da periferia do pais, longe dos doutos pensadores de Lisboa, não pudessem ter os seus méritos.
Nos últimos dias, tenho constatado, que face a ideias e propostas apresentadas pelo PS-Madeira ao congresso do PS nacional, as mesmas reacções, as mesmas atitudes típicas do centralismo intelectual vieram ao de cima, não só por personalidades além mar, mas também por alguns cá da terra. Não vi contestarem o conteúdo das ideias e propostas, mas somente a sua proveniência, colocando-se como guardiães das ideias emanadas de Lisboa, não pelos seus méritos, que os tem, mas tão só pela sua origem, mas contra as ideias emanadas de socialistas da Madeira, mas mais uma vez, não pelas suas mais ou menos valias, mas tão só pela sua génese. O debate das ideias faz-se pelas ideias em si não pelo seu berço. É por isso que apoio esta moção, não por uma lógica da sua origem, mas por entender que o PS deve reflectir sobre a sua acção governativa. Não aceito as soluções únicas, as lógicas do facto consumado, acho que da discussão no próximo congresso poderá sair um PS mais atento às pessoas e com um projecto renovado para Portugal. IN http://www.dnoticias.pt/
Nos últimos dias, tenho constatado, que face a ideias e propostas apresentadas pelo PS-Madeira ao congresso do PS nacional, as mesmas reacções, as mesmas atitudes típicas do centralismo intelectual vieram ao de cima, não só por personalidades além mar, mas também por alguns cá da terra. Não vi contestarem o conteúdo das ideias e propostas, mas somente a sua proveniência, colocando-se como guardiães das ideias emanadas de Lisboa, não pelos seus méritos, que os tem, mas tão só pela sua origem, mas contra as ideias emanadas de socialistas da Madeira, mas mais uma vez, não pelas suas mais ou menos valias, mas tão só pela sua génese. O debate das ideias faz-se pelas ideias em si não pelo seu berço. É por isso que apoio esta moção, não por uma lógica da sua origem, mas por entender que o PS deve reflectir sobre a sua acção governativa. Não aceito as soluções únicas, as lógicas do facto consumado, acho que da discussão no próximo congresso poderá sair um PS mais atento às pessoas e com um projecto renovado para Portugal. IN http://www.dnoticias.pt/
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