Primeiro-ministro admite demitir-se em caso de “chumbo” do PEC - Sociedade - PUBLICO.PT
Primeiro-ministro admite demitir-se em caso de “chumbo” do PEC - Sociedade - PUBLICO.PT
“Se o Parlamento se pronunciar contra o Programa de Estabilidade e Crescimento, estará a abrir uma crise política”, afirmou José Sócrates, esta terça-feira, em entrevista à SIC.
Sócrates foi ainda mais longe quando, perante a insistência de Ana Lourenço, admitiu implicitamente a demissão do Governo nesse cenário. Se o resultado do debate parlamentar for o “chumbo”, os partidos “tiram todas as condições ao Governo para governar e teria de haver eleições”. “Nunca irei para uma Cimeira Europeia sem me poder comprometer com um programa de medidas de médio prazo que considero essenciais”, frisou.
Foi já na recta final da entrevista, de mais de 45 minutos, e nesta passagem não houve qualquer insistência. Apenas mais um dado explícito: em caso de eleições antecipadas, Sócrates volta a candidatar-se: “Com certeza que sim. Não volto a cara às dificuldades”. E assim se pôs fim aos anseios de quem desejaria ver na crise a oportunidade de o substituir à frente do PS.
Mas o cenário de crise é coisa de que o primeiro-ministro não quer nem ouvir falar: “Não acredito numa crise política; não quero acreditar que a irresponsabilidade dos partidos os leve tão longe”. “Espero que todos caiam em si”, “tudo farei para evitar uma crise política”, disse e repetiu.
E porquê? Porque, justificou o primeiro-ministro, “isso agravaria os riscos de financiamento da nossa economia e levaria Portugal a pedir uma intervenção externa”. Com “custos gravíssimos para o país”, que enumerou: “10 anos de opróbrio, pelo menos cinco anos fora dos mercados, perda de prestígio e influência no mundo, consequências para o Estado e para os portugueses muito piores que estas medidas”.
Isso significaria, acrescentou ainda, a entrada em Portugal da “agenda do FMI”: “Acabar com o 13º mês, reduzir o salário mínimo, despedimentos na função pública”. “É isto que queremos?”, questionou Sócrates, elevando ao limite o nível de dramatização.
Pelo meio, o primeiro-ministro foi polvilhando a conversa com fortes ataques ao seu principal alvo. “O PSD está em aproveitamento político total, em situação de profunda irresponsabilidade”, usando “uma linguagem cada vez mais agressiva que está a encaminhar o país para a crise política”, acusou.
Sócrates recordou que ainda há um mês, numa entrevista à Antena 1, o líder do PSD se mostrara “disponível para negociar” o PEC com o Governo, dizendo não compreender agora a reacção de Pedro Passos Coelho (ver texto ao lado). E insistiu várias vezes na crítica daqueles “que dizem não sem apresentarem qualquer alternativa”.
Foi já na recta final da entrevista, de mais de 45 minutos, e nesta passagem não houve qualquer insistência. Apenas mais um dado explícito: em caso de eleições antecipadas, Sócrates volta a candidatar-se: “Com certeza que sim. Não volto a cara às dificuldades”. E assim se pôs fim aos anseios de quem desejaria ver na crise a oportunidade de o substituir à frente do PS.
Mas o cenário de crise é coisa de que o primeiro-ministro não quer nem ouvir falar: “Não acredito numa crise política; não quero acreditar que a irresponsabilidade dos partidos os leve tão longe”. “Espero que todos caiam em si”, “tudo farei para evitar uma crise política”, disse e repetiu.
E porquê? Porque, justificou o primeiro-ministro, “isso agravaria os riscos de financiamento da nossa economia e levaria Portugal a pedir uma intervenção externa”. Com “custos gravíssimos para o país”, que enumerou: “10 anos de opróbrio, pelo menos cinco anos fora dos mercados, perda de prestígio e influência no mundo, consequências para o Estado e para os portugueses muito piores que estas medidas”.
Isso significaria, acrescentou ainda, a entrada em Portugal da “agenda do FMI”: “Acabar com o 13º mês, reduzir o salário mínimo, despedimentos na função pública”. “É isto que queremos?”, questionou Sócrates, elevando ao limite o nível de dramatização.
Pelo meio, o primeiro-ministro foi polvilhando a conversa com fortes ataques ao seu principal alvo. “O PSD está em aproveitamento político total, em situação de profunda irresponsabilidade”, usando “uma linguagem cada vez mais agressiva que está a encaminhar o país para a crise política”, acusou.
Sócrates recordou que ainda há um mês, numa entrevista à Antena 1, o líder do PSD se mostrara “disponível para negociar” o PEC com o Governo, dizendo não compreender agora a reacção de Pedro Passos Coelho (ver texto ao lado). E insistiu várias vezes na crítica daqueles “que dizem não sem apresentarem qualquer alternativa”.
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