CASO TVI - RESPOSTA DO PS

Augusto Santos Silva disse que a administração da TVI tem que explicar o que levou à suspensão do Jornal de Sexta do canal, conduzido por Manuela Moura Guedes, descrevendo a decisão como «incompreensível». O dirigente socialista salientou ainda que a ERC deve intervir e recusou qualquer interferência por parte do Governo.
«É público e notório que o PS nada tem a ver com a TVI e com a administração da TVI», disse Augusto Santos Silva, esta tarde, na sede do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, numa resposta às acusações de ingerência que têm sido feitas por parte dos partidos políticos da oposição ao Governo.
«São absolutamente falsas e merecem-nos o maior repúdio as insinuações ou acusações que se têm sucedido ao longo da tarde e que procuram relacionar esta decisão da administração de uma empresa privada de comunicação social com o PS», frisou. «PS é o principal prejudicado»
«O PS é o principal prejudicado com este episódio», salientou ainda Santos Silva, considerando que ele «desvia a atenção dos temas que deveriam ser discutidos na campanha eleitoral».
«A decisão conhecida hoje da administração da TVI de suspender o seu programa Jornal de Sexta é, aos olhos do PS, totalmente incompreensível», apontou Santos Silva, explicando que ela é vista assim pelo seu partido por não ter sido dada «nenhuma explicação dos seus fundamentos e razões» pela administração do canal e porque se está já «em período eleitoral e a atenção dos portugueses deveria estar concentrada na avaliação das propostas que os diferentes partidos políticos apresentam às eleições».
«Com essa autoridade, de sermos o principal alvo desse programa [Jornal de Sexta], nós exigimos à administração da TVI uma explicação cabal das razões que motivaram esta decisão e pedimos também publicamente a intervenção da identidade competente, que é a Entidade Reguladora para a Comunicação Social», apontou. O dirigente quer que se averigúe «se o princípio constitucional e legal da independência da informação perante o poder económico e se as leis da comunicação social em Portugal, designadamente a lei da televisão, e a responsabilidade que confere às direcções de informação, estão a ser cumpridas».
Freeport
Augusto Santos Silva comentou ainda declarações de Manuela Moura Guedes, relativamente ao facto de o Jornal de Sexta estar a preparar para divulgar novas informações sobre o caso Freeport, lançando um repto.
«Gostaria de desafiar, em nome do PS, todos aqueles que sugerem ou afirmam que têm elementos com valor informativo, que têm a ver com o PS, que o publicitem», apontou.
Última actualização às 18:59

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