SÓCRATES RESPONDE À MOÇÃO DE CENSURA DO PCP

As propostas do Governo: combater a precariedade, dinamizar a negociação colectiva, favorecer a adaptabilidade.

O diálogo social tem por base as propostas de Governo. Que têm três objectivos fundamentais: combater a precariedade, que penaliza sobretudo os jovens; dinamizar a negociação colectiva; favorecer a adaptabilidade. O Partido Comunista critica com grande azedume estas propostas. Pois eu entendo que, ao fazê-lo, está a desprezar os interesses dos trabalhadores! Essa é também a verdade crua deste debate: o PCP sacrifica à sua táctica política os interesses da larga maioria dos trabalhadores.
Vejamos ponto por ponto.

Primeiro: o combate à precariedade. Criamos uma nova presunção de contrato de trabalho, para combater mais eficazmente os falsos recibos verdes; reduzimos de seis para três anos a duração máxima dos contratos a prazo; proibimos os estágios profissionais não remunerados; isentamos de contribuição, até três anos, os empregadores que contratem sem termo jovens com ensino secundário completo ou em formação; e isentamos ainda, por igual período, os empregadores que convertam “recibos verdes” e contratos a prazo em contratos sem termo. Reduzimos num ponto percentual a taxa patronal dos contratados sem termo e aumentando em três pontos percentuais a taxa patronal dos contratados a prazo. Finalmente, criamos uma taxa “patronal”de 5% sobre os “recibos verdes” e reduzimos em 7,4 pontos percentuais a taxa contributiva a pagar pelos trabalhadores; e estendemos aos “recibos verdes” a protecção social nas diversas eventualidades.
Isto representa o mais poderoso conjunto de medidas tomadas por qualquer Governo contra a precariedade laboral. E a conclusão política é, do meu ponto de vista, apenas uma: ficar-se-á a dever a um Governo e à maioria do PS, e não à esquerda conservadora, o maior avanço da legislação laboral contra a precariedade.

O segundo grande objectivo é favorecer a negociação colectiva. Nós acreditamos na negociação colectiva, no diálogo construtivo entre trabalhadores e empregadores, seja ao nível sectorial, seja ao nível de empresas. Não acreditamos nas convenções que se eternizam, bloqueando a negociação e a adaptação aos novos tempos. Mas queremos impedir o vazio contratual e por isso criamos a arbitragem necessária para garantir o futuro das convenções colectivas.

O terceiro objectivo é favorecer a adaptabilidade na vida das empresas com melhores condições de adaptação ao mercado. Com a possibilidade de acordarem com os seus trabalhadores a gestão do tempo de trabalho, as empresas ficam mais competitivas. E isso, como eles sabem, é positivo para os trabalhadores.
Mas é também essencial apoiar as famílias de modo a que possam conciliar melhor a vida pessoal e profissional e beneficiem de maior apoio nessa etapa decisiva que é o nascimento dos seus filhos.
Por isso mesmo, as propostas do Governo incluem o reforço das medidas de protecção à parentalidade. Refiro duas. A primeira é o aumento de quatro para cinco meses remunerados a 100% e de cinco para seis meses a 83%, quando houver partilha do gozo da licença de parentalidade entre os progenitores. A segunda é o aumento de cinco para dez dias úteis da licença a gozar obrigatoriamente pelo pai aquando do nascimento da criança.

Comentários

Mas que resposta arrasadora... !!! Ja não era sem tempo que um governo tivesse coragem de mexer nessas coisas todas! Contra factos destes não há argumentos, há que ler e se calar! lol

O pe-pe-deia está mesmo desgraçado no continente, não tem hipóteses mas é pena que na Madeira, leia-se a parvónia, o pe-pe-deia é quem dá cartas porque o regime mamadeira $$$ fala mais alto!
blindpeople disse…
Sim realmente tens razâo alexandro, MAS NÂO DÀ PRA TODOS... o leite jà è pouco,MAS........TU NÂO QUERES CRER QUE DAQUI A UNS TEMPOS ELES AINDA VÂO ME VIR TIRAR O MEU LEITE!!!
AHAahhahahhahaha
abraço

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