PORTUGAL E A CIÊNCIA
Mariano Gago: actividade científica em Portugal atingiu os níveis internacionais que "aspirava há 20 anos"
15.03.2008 - 12h38 Lusa
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, afirmou ontem à noite, na Figueira da Foz, que a actividade científica em Portugal "atingiu os níveis internacionais que aspirávamos há 20 anos atrás".Mariano Gago falou aos jornalistas no final da entrega dos primeiros prémios "Seeds of Science", atribuídos pelo jornal online Ciência Hoje a três mulheres portuguesas pelo seu papel na comunicação e divulgação da ciência. As distinções foram entregues à responsável pela Agência Ciência Viva, Rosália Vargas, e às investigadoras Maria Mota e Mónica Bettencourt-Dias, no Casino da Figueira da Foz. O ministro salientou que as galardoadas "mostraram que Portugal podia ser tão diferente se as mulheres tivessem tido um papel na sociedade que nunca tiveram". Segundo Mariano Gago, a atribuição dos prémios "tratou-se também de uma homenagem às gerações que tentaram que a ciência fizesse parte da cultura do país".Em declarações aos jornalistas, o titular da pasta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior afirmou que "o país, através dos seus sectores produtivos, só tem futuro se houver muito mais ciência em Portugal". Mariano Gago considerou, no entanto, que ainda "falta ter mais cultura científica na generalidade da população, uma ligação mais estreita entre a actividade científica e as pessoas que não são cientistas". "O país é pequeno, com poucos recursos e, por isso, tem de apostar e de se basear essencialmente no que faz e é capaz de fazer", sublinhou o governante, acrescentando que o caminho das empresas do sector exportador só terá sucesso "se for baseado no conhecimento, na inovação, investigação e desenvolvimento". Rosália Vargas, actual vereadora da Educação e Juventude e da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, e membro do Conselho Nacional de Educação, foi distinguida pelo seu empenho no desenvolvimento da ciência, nomeadamente na direcção da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica Ciência Viva. A direcção do Ciência Hoje decidiu galardoar Maria Mota pela qualidade e relevância do seu trabalho de investigação em malária, que lhe mereceu o prémio CESPU 2007, da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, e pela sua actividade à frente da Associação Viver a Ciência, uma organização sem fins lucrativos de que é fundadora e presidente. Maria Mota é investigadora principal no Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e doutorou-se em Parasitologia Molecular no University College London (1998). Entre outros prémios que já recebeu contam-se o da EMBO para jovens investigadores (2003) e da European Science Foundation (2004), na mesma categoria. Maria Mota é também investigadora internacional pelo Howard Hughes Medical Institute (EUA). Quanto a Mónica Bettencourt-Dias, a escolha deveu-se à sua "excelente actividade científica", galardoada no ano passado com os prémios Criostaminal, Eppendorf, para jovem investigador europeu, e Pfizer, de investigação básica. Doutorada em Biologia celular pelo University College London e diplomada em Comunicação de Ciência pelo Birkbeck College, também de Londres, é investigadora principal no Instituto Gulbenkian de Ciência desde 2006, onde estuda a regulação do ciclo celular.
15.03.2008 - 12h38 Lusa
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, afirmou ontem à noite, na Figueira da Foz, que a actividade científica em Portugal "atingiu os níveis internacionais que aspirávamos há 20 anos atrás".Mariano Gago falou aos jornalistas no final da entrega dos primeiros prémios "Seeds of Science", atribuídos pelo jornal online Ciência Hoje a três mulheres portuguesas pelo seu papel na comunicação e divulgação da ciência. As distinções foram entregues à responsável pela Agência Ciência Viva, Rosália Vargas, e às investigadoras Maria Mota e Mónica Bettencourt-Dias, no Casino da Figueira da Foz. O ministro salientou que as galardoadas "mostraram que Portugal podia ser tão diferente se as mulheres tivessem tido um papel na sociedade que nunca tiveram". Segundo Mariano Gago, a atribuição dos prémios "tratou-se também de uma homenagem às gerações que tentaram que a ciência fizesse parte da cultura do país".Em declarações aos jornalistas, o titular da pasta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior afirmou que "o país, através dos seus sectores produtivos, só tem futuro se houver muito mais ciência em Portugal". Mariano Gago considerou, no entanto, que ainda "falta ter mais cultura científica na generalidade da população, uma ligação mais estreita entre a actividade científica e as pessoas que não são cientistas". "O país é pequeno, com poucos recursos e, por isso, tem de apostar e de se basear essencialmente no que faz e é capaz de fazer", sublinhou o governante, acrescentando que o caminho das empresas do sector exportador só terá sucesso "se for baseado no conhecimento, na inovação, investigação e desenvolvimento". Rosália Vargas, actual vereadora da Educação e Juventude e da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, e membro do Conselho Nacional de Educação, foi distinguida pelo seu empenho no desenvolvimento da ciência, nomeadamente na direcção da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica Ciência Viva. A direcção do Ciência Hoje decidiu galardoar Maria Mota pela qualidade e relevância do seu trabalho de investigação em malária, que lhe mereceu o prémio CESPU 2007, da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, e pela sua actividade à frente da Associação Viver a Ciência, uma organização sem fins lucrativos de que é fundadora e presidente. Maria Mota é investigadora principal no Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e doutorou-se em Parasitologia Molecular no University College London (1998). Entre outros prémios que já recebeu contam-se o da EMBO para jovens investigadores (2003) e da European Science Foundation (2004), na mesma categoria. Maria Mota é também investigadora internacional pelo Howard Hughes Medical Institute (EUA). Quanto a Mónica Bettencourt-Dias, a escolha deveu-se à sua "excelente actividade científica", galardoada no ano passado com os prémios Criostaminal, Eppendorf, para jovem investigador europeu, e Pfizer, de investigação básica. Doutorada em Biologia celular pelo University College London e diplomada em Comunicação de Ciência pelo Birkbeck College, também de Londres, é investigadora principal no Instituto Gulbenkian de Ciência desde 2006, onde estuda a regulação do ciclo celular.
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