MUDANÇA


A metamorfose que se assiste na nossa terra não é um canto de sereia nem a passagem da larva a borboleta. Infelizmente para todos nós, a metamorfose que ocorre é das mais violentas que até hoje assistimos; é, sobretudo, económica e socialmente, cruel
Para olhar a realidade, precisamos de números que ajudem a nossa reflexão, números que espelham a degradação metamorfoseada que nos está a atingir. Vamos aos números. O nosso principal problema é o desemprego, que entrou em processo de aceleração, em especial nos anos de 2011 e 2012 e que teima em não abrandar nem retroceder. Os cidadãos inscritos no desemprego são já 23.582, o que representa 18,3% da população ativa. Se olharmos ao número de empregos que desapareceram nos últimos dois anos, verificamos que, a uma velocidade estonteante, perdemos 14.000 empregos até ao mês de Setembro. O grau e o impacto desta nova realidade na nossa sociedade serão tremendos. Para mais, esses 14.000 postos de trabalho perdidos, representam 11% do total da população ativa. Se olharmos para o próximo ano e para o Orçamento Regional, todos os dados já conhecidos, demonstram que, no próximo ano, a linha ascendente da austeridade irá matar muitos mais postos de trabalho, numa irracionalidade recessiva que levará, mais ainda, ao empobrecimento da Madeira e Porto Santo.
É, por conseguinte, necessário e urgente inverter este caminho, tal depende de todos nós e não vale a pena fazer de conta que não é connosco, que outros irão resolver, que o tempo irá resolver. Somos nós, Madeirenses e Porto-Santenses, que temos a obrigação e o dever de agarrar o nosso futuro e não deixar as soluções em mãos alheias. A realidade já demonstrou que aqueles que nos colocaram nesta situação, não são a solução. O caminho está novamente em aberto, mas se nada fizermos, as alavancas da mudança ficarão manietadas por aqueles que destruíram o nosso presente e comprometeram o nosso futuro.
Só há uma solução, devolver aos cidadãos os caminhos do futuro, criando condições para uma mudança política que devolva à Madeira e ao Porto Santo o crescimento económico. Para isso, é necessário que todos se envolvam politicamente, deixemos de parte a partidarite aguda e encontremos respostas e soluções para nos tirar da atual situação de crise que destrói a nossa economia e compromete o nosso futuro. As soluções estão onde sempre estiveram, nas mãos de todos nós.

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