Plebiscito do PSD visa "desviar atenções"
Oposição diz que jardim não vai fazer o mesmo que em 2007 e desafia-o a governar já
Data: 11-06-2008Partido Socialista
É a certeza do maior partido da oposição regional: a intenção do PSD, de transformar as eleições legislativas de 2009 num plebiscito a uma proposta de revisão da Constituição, "insere-se na estratégia de desviar as atenções dos madeirenses". A certeza de Victor Freitas vem com o desafio para que o PSD, "em vez de pensar em 2009, pense em 2008 e nas dificuldades da Região e comece a governar já".O líder parlamentar do PS diz que, desde as eleições de 2007, que o PSD mais não tem feito do que "desviar atenções em relação aos problemas e à falta de medidas políticas no sentido de as resolver".
Partido Comunista
Também o PCP interpreta a anunciada decisão do PSD como "mais uma jogada de pontapé para a frente, sem resolver os problemas da Região". Leonel Nunes diz que os social-democratas mais não estão a fazer do que "atirar areia para os olhos dos madeirenses". Explica que, se o PSD quisesse mais competências, já teria revisto o Estatuto Político-Administrativo.
Partido Popular
José Manuel Rodrigues (PP) diz que o PSD tem de aprender a distinguir eleições de plebiscitos. O líder 'popular' está convicto de que o PSD não conseguirá fazer o que fez em 2007 com a Lei de Finanças. "Não podemos aceitar que se transforme as próximas eleições de seis deputados à AR num plebiscito sobre a revisão da Constituição. O que vai estar em julgamento é a governação de José Sócrates durante quatro anos".
Bloco de Esquerda
Também Roberto Almada acha que "dificilmente o PSD conseguirá transformar em plebiscito as eleições do próximo ano, como fez com a Lei de Finanças regionais, em 2007". Serão uma eleições para decidir entre as "medidas penalizadoras dos trabalhadores" de José Sócrates e de Manuela Ferreira Leite. Além disso, diz o líder do Bloco, já ninguém, a nível nacional, liga a Jardim, como se viu com a questão da candidatura à liderança do PSD.
O MPT diz que, se depender da sua vontade, não haverá plebiscito. De resto, a atenção do partido vai para a tentativa da eleição de deputados que ponham a Madeira em primeiro lugar, ao contrário do que tem acontecido com os que lá estão.
José Manuel Coelho, do PND, concorda com Jardim, quando acusa Sócrates, mas diz que o presidente do Governo Regional age como o primeiro-ministro.
Élvio Passos in Diário de Notícias
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