A RAM atravessa um momento de grave emergência social.

DECLARAÇÕES À COMUNICAÇÃO SOCIAL

A RAM atravessa um momento de grave emergência social.
São disso exemplos:

O facto do desemprego ter atingido os valores idênticos a 1978 quando do actual Presidente do Governo, Alberto João Jardim, tomou posse;


Hoje a emigração é uma constante, com uma autêntica sangria de jovens e menos jovens a saírem para as terras de emigração em especial para Jersey, Guernsey, Londres e África, neste último caso acompanhando as empresas que realizaram muitas das obras públicas na Madeira. Quem olha para a realidade madeirenses retroage à década de 60 e 70 e aos surtos de emigração da época;


A pobreza é hoje uma realidade que há muito não se via atingindo valores que vão dos 50.000 a 80.000 pobres conforme os estudos. O retrato deste fenómeno é fácil de constatar com o regresso dos “meninos das caixinhas”;


A toxicodependência é uma realidade incontornável da Madeira, em que o Governo, mais uma vez tenta esconder o fenómeno;


O endividamento das famílias é um fenómeno novo na Madeira, sem paralelo com o passado, que não existia quando a Região atravessou graves crises económicas;


O Governo PSD-Madeira endividou a Região e hoje não existe folga orçamental para tomar novas medidas, claramente necessárias, que debelem os problemas sociais;


O recurso ao endividamento está bloqueado desde a Lei de endividamento zero criada por Manuela Ferreira Leite, mas mesmo que não estivesse, a região dificilmente poderia assumir novos encargos na gestão da dívida pública;


A alta dos preços do petróleo está a trazer constrangimentos, a vários sectores, com especial relevo para os transportes e para o turismo, sectores esses, dependentes do petróleo o que, naturalmente, dada a nossa situação insular, penaliza ainda mais estes sectores;


A crise dos alimentos, devido à nossa dependência nesta matéria do exterior, onde quase tudo é importado, trará custos acrescidos para as famílias;


A crise financeira mundial e a alta das taxas de juros agudizam, ainda mais, a situação financeira das famílias madeirenses;

Face a esta situação, face ao facto da situação económica e social ser mais grave na Madeira que no Continente, as declarações da Líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, de reequacionar a execução de determinadas obras, para canalizar recursos para apoiar a classe média e os sectores mais empobrecidos, aqui na Madeira essas declarações ganham outro significado.

Se há alguma região no país onde a emergência social é manifestamente mais grave essa região é a Madeira. Se há uma realidade que encaixa como uma luva nas declarações da Líder do PSD essa realidade é a realidade madeirense.

Por isso o PS desafia o Governo do PSD-Madeira a equacionar a recalendarização de determinadas obras, adiando a sua execução, e aplicar esses recursos financeiros no combate aos problemas sociais;


Desafia o PSD-M a não cometer os mesmos erros recentes em que obras executadas com propósitos eleitorais, hoje verifica-se que não têm utilidade nenhuma, como são os casos de parques empresariais, campo de Futebol de São Vicente, Marina do Lugar de Baixo, Centro Veterinário da Madeira, etc;


O Governo do PSD-M tem um programa e calendário de obras públicas idealizado para uma conjuntura económica e social completamente distinta da actual e, como tal, não faz sentido manter uma estratégia que já não bate certo com a realidade regional e com as necessidades dos Madeirenses;


Por último, a proposta de Manuela Ferreira Leite tem toda a razão de ser na Madeira, por isso era bom que a aplicassem em primeiro lugar onde são poder e onde a situação social é mais aguda.

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