O ÁLIBI
Quando um Governo perde o Orgulho na sua obra, quando não tem estratégia, quando se vê confrontado com a realidade produzida pelas suas políticas, quando se sente acossado pelos adversários e sabe que estes têm razão, quando sente que já não tem um suplemento de alma, ânimo, ou mesmo vontade para encetar um caminho de mudança, quando o “mundo” que construiu começa a realçar as suas fragilidades, quando já não têm soluções, procura a última das armas: o álibi.
Foi assim desde 2004, o primeiro álibi criado foram as 38 medidas, que foram negociadas com o então primeiro-ministro Durão Barroso. Não podendo responsabilizar a república pelos males da Madeira, porque não havia dinheiro por parte do Estado para despejar nas mãos do Governo Regional, criou um pacote de medidas, que em substituição da guerrilha institucional, permitia-lhe margem de manobra no discurso político, dando a ideia que se estava a fazer coisas, sem que assim provocasse azedas relações com um governo do seu partido na República.
Com as eleições antecipadas de 2005 e com a eleição de José Sócrates para primeiro-ministro, com uma cor política diferente da sua, começou por exigir do Estado tudo o que nunca exigiu quando o PSD/CDS-PP estavam no Governo. A partir dessa data tudo o que corria mal na Madeira era da responsabilidade do Governo do PS. A tónica do discurso mudou, a guerrinha institucional ressurgiu, as emboscadas políticas passaram a fazer parte do discurso do PSD-M. O álibi estava criado e o responsável por tudo o que está mal na Madeira estava encontrado: o Governo PS e o primeiro-ministro José Sócrates.
Com a lei de Finanças Regionais foi o fruto apetecido e o álibi desejado. O PSD e o seu líder tinham o mote e o responsável por todas as desgraças que por aqui grassavam, tinham a desculpa porque tanto ansiavam, tinham a razão concreta para a sua demissão e a realização de novas eleições fazendo recair sobre os outros os maus resultados das suas políticas. Assim foi.
O Velho Governo do PSD-M tomou novamente posse, foi prometido aos Madeirenses a resolução dos problemas, o regresso à terra do “leite e mel”, como nos tempos bíblicos, estava ali mesmo à mão. Só que foi sol de pouca dura, o céu ficou nublado, as nuvens carregaram-se de negro, o horizonte ficou turvo e o PSD não conseguiu colocar aos olhos dos Madeirenses essa Madeira de sucesso, de progresso e bem-estar, para os Madeirenses.
Perante esta situação o PSD voltou a ensaiar mais uma manobra de diversão, mais um álibi: a Revisão da Constituição. Como os Madeirenses rapidamente se aperceberam do embuste, o PSD começou a “remar para terra”, e voltaram ao discurso do inimigo externo, acusado o Governo PS de descriminar negativamente a Madeira.
Na discussão do Orçamento da RAM assistimos a um Governo sem alma, sem propostas e sem projectos, preocupado em arranjar desculpas e responsáveis, que não eles, para tudo o que se passa na Madeira. No próximo ano, 2009, os culpados pela situação da Madeira continuará a ser José Sócrates e, junta-se a ele um novo culpado, a crise financeira internacional. Está criado o álibi e os responsáveis pelos problemas da Madeira.
Foi assim desde 2004, o primeiro álibi criado foram as 38 medidas, que foram negociadas com o então primeiro-ministro Durão Barroso. Não podendo responsabilizar a república pelos males da Madeira, porque não havia dinheiro por parte do Estado para despejar nas mãos do Governo Regional, criou um pacote de medidas, que em substituição da guerrilha institucional, permitia-lhe margem de manobra no discurso político, dando a ideia que se estava a fazer coisas, sem que assim provocasse azedas relações com um governo do seu partido na República.
Com as eleições antecipadas de 2005 e com a eleição de José Sócrates para primeiro-ministro, com uma cor política diferente da sua, começou por exigir do Estado tudo o que nunca exigiu quando o PSD/CDS-PP estavam no Governo. A partir dessa data tudo o que corria mal na Madeira era da responsabilidade do Governo do PS. A tónica do discurso mudou, a guerrinha institucional ressurgiu, as emboscadas políticas passaram a fazer parte do discurso do PSD-M. O álibi estava criado e o responsável por tudo o que está mal na Madeira estava encontrado: o Governo PS e o primeiro-ministro José Sócrates.
Com a lei de Finanças Regionais foi o fruto apetecido e o álibi desejado. O PSD e o seu líder tinham o mote e o responsável por todas as desgraças que por aqui grassavam, tinham a desculpa porque tanto ansiavam, tinham a razão concreta para a sua demissão e a realização de novas eleições fazendo recair sobre os outros os maus resultados das suas políticas. Assim foi.
O Velho Governo do PSD-M tomou novamente posse, foi prometido aos Madeirenses a resolução dos problemas, o regresso à terra do “leite e mel”, como nos tempos bíblicos, estava ali mesmo à mão. Só que foi sol de pouca dura, o céu ficou nublado, as nuvens carregaram-se de negro, o horizonte ficou turvo e o PSD não conseguiu colocar aos olhos dos Madeirenses essa Madeira de sucesso, de progresso e bem-estar, para os Madeirenses.
Perante esta situação o PSD voltou a ensaiar mais uma manobra de diversão, mais um álibi: a Revisão da Constituição. Como os Madeirenses rapidamente se aperceberam do embuste, o PSD começou a “remar para terra”, e voltaram ao discurso do inimigo externo, acusado o Governo PS de descriminar negativamente a Madeira.
Na discussão do Orçamento da RAM assistimos a um Governo sem alma, sem propostas e sem projectos, preocupado em arranjar desculpas e responsáveis, que não eles, para tudo o que se passa na Madeira. No próximo ano, 2009, os culpados pela situação da Madeira continuará a ser José Sócrates e, junta-se a ele um novo culpado, a crise financeira internacional. Está criado o álibi e os responsáveis pelos problemas da Madeira.
Comentários
Como madeirense que sou, entrei no seu espaço sem permissão.
De bom grado apreciei a sua posição em relação ás manobras do sr. AJJ. Afinal para que quer mais dinheiro para as finanças regionais? Não basta quanto os deputados ganham
actualmente? É obrigatório seguir a carreira política? Os deputados não contribuem para o financiamento dos partidos? Porquê os madeirenses ainda aturam esse senhor? Como podem os madeirenses se considerarem um povo superior, tendo a governar um indivíduo com linguagem de taberneiro antigo? Eu não queria morrer sem ver esse senhor como primeiro ministro. Porque não tenta? Se tivesse vergonha não andava a chular o povo madeirense . Vá para a reforma e, deixe o povo discutir livremente sem pressões quem o governe. Um abraço deste madeirense errante. Feliz Natal